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“O Estágio ajudou-me muito, por duas vezes”

“O Estágio ajudou-me muito, por duas vezes”

2021-07-07

Ex-futebolista João Coimbra é um dos mais de mil atletas que já participaram na iniciativa do Sindicato.

João Coimbra esteve presente no Estágio do Jogador por três vezes. Representou clubes como o Benfica, Nacional e Estoril Praia, tendo acabado a carreira esta temporada, no Luxemburgo. Agora, voltou a uma casa onde foi feliz e abraçou uma nova etapa, como treinador-adjunto dos canarinhos.

O ex-jogador refere a importância que o Estágio teve na sua vida e na sua carreira. Acima de tudo, considera que foi fundamental naquele que foi o pior período da carreira futebolística – o momento em que o jogador se encontra sem clube.

Treinar em equipa, sentir o cheiro da relva e do balneário são os três principais fatores que levam João Coimbra a acreditar que o Estágio é uma iniciativa importante para todos os jogadores que estejam a passar por um período de paragem.

Como foi a tua experiência no Estágio do Jogador?
Foi muito positiva. Gostei muito. Para já, quando se vai para o Estágio do Jogador, é normalmente numa altura muito complicada, em que não se tem clube, e aquilo permite-nos treinar com todas as condições e em ambiente de clube. Permite-nos também fazer muitas amizades, conhecer pessoas de diferentes contextos a nível de futebol. Depois, além do que nos oferece em termos de treino – temos treinador, um relvado a sério -, permite-nos também ajudar o outro, ajudar o próximo, o jogador que está também sem contrato. Para além da lesão, este é o momento mais difícil para mim, o momento em que o jogador não tem clube, e isto ajuda muito, sem dúvida. O Estágio ajudou-me muito, por duas vezes. Numa delas já tinha clube, ia para a Índia, mas pude manter a forma. Tirei de lá muita coisa positiva.


Quando um jogador se inscreve no Estágio do Sindicato, com que mentalidade é que deve ir?
Bem, a minha, pelo menos, sempre foi “vou tirar benefício daquilo”. Acho que tem de ser essa a mentalidade – sentir que o Estágio te vai ajudar, não só a manter a forma, a criar o ambiente de clube, mas vai também servir de montra para o próximo passo. Fazemos muitos jogos, fazemos torneios internacionais e para mim é uma montra que o jogador deve aproveitar ao máximo.


Pensas que a nível psicológico é importante participar numa iniciativa destas?
Sim, muito. Uma das coisas que eu mais odiava nestes períodos sem futebol era treinar sozinho e o Sindicato permite-nos treinar com outros e num ambiente de futebol. Uma coisa é uma pessoa ir correr, sozinha, percorrer quilómetros sem bola, outra é treinar no campo, em equipa. É completamente diferente e, além disso, permite uma maior adaptação ao próximo clube. Quando o jogador chega ao clube vai, até, com uma mentalidade melhor. É isto que eu sinto. Ajuda bastante nesse sentido de aproximar o jogador daquilo que vai encontrar. Ajuda o jogador a sentir o cheiro da relva, do balneário e isso para mim é extremamente importante, especialmente nestas fases mais complicadas.


Começaste agora uma nova etapa da tua vida. Pensaste muito no caminho que querias seguir?
Pensei, pensei…. Uma pessoa, quando acaba a carreira, pensa sempre muito. Tive a felicidade de a oportunidade aparecer, especialmente num clube que me marcou muito na carreira. Fiquei extremamente contente com a oportunidade e agora é trabalhar para retribuir a confiança do clube.