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“É uma grande oportunidade para todos”

“É uma grande oportunidade para todos”

2021-06-30

Avançado brasileiro Bruno Moraes participou no Estágio do Jogador em 2014.

Bruno Moraes veio do Santos para o FC Porto, onde viria a levantar o troféu com que todos sonham: a orelhuda da Liga dos Campões. A maior parte da sua carreira passou por Portugal, país onde continua, ainda hoje, a viver e trabalhar.

Em 2014, depois de uma época ao serviço do Gil Vicente, inscreveu-se no Estágio do Jogador e, apesar dos receios iniciais, considera que foram uma oportunidade e experiência únicas. Desde o sentimento de pertença ao coletivismo, passando pela profissionalização das condições, o Estágio foi uma iniciativa que fez a diferença na vida de Bruno Moraes.

Como viveste a experiência que é o Estágio do Jogador?
No meu caso, foi muito positiva. Foi positiva porque para além de me ajudar a manter a forma física e de manter uma rotina de treino muito parecida com a dos cubes, também tive oportunidade de conhecer outros jogadores, que já tinham passado pelas mais variadas divisões e vinham de outras realidades. Ao mesmo tempo, a oportunidade de fazer jogos contra outras equipas foi importante, no sentido de poder mostrar que estava disponível no mercado.


Enquanto vencedor da Liga dos Campeões, e, portanto, uma inspiração para muitos, que conselho darias a jogadores que ainda têm receio de participar no Estágio?
É assim, eu também tinha algum receio de participar, pensei que me poderia desvalorizar, mas na verdade não. O Estágio depende muito daquilo que cada um quer. Eu queria continuar a jogar, então aceitei fazer parte do Estágio, com a expetativa de manter a forma, de manter um nível competitivo, poder descobrir outras realidades e estar disponível no mercado para receber uma proposta. A mentalidade tem de mudar. O jogador que está sem clube pode tirar partido do Estágio - pode treinar, jogar, aparecer nos jogos amigáveis.


Consideras o Estágio importante a nível psicológico para os jogadores?
Claro que sim. Esse é, aliás, um dos pontos chave. Fiz muitos amigos no Estágio e o convívio, o treino em grupo, estando todos na mesma situação, é muito importante para o jogador que está sem clube. Sentimos que fazemos parte de alguma coisa, estamos inseridos num grupo. Nesse aspeto eu considero o Sindicato muito bom. Tens, ainda, a possibilidade de trabalhar com treinadores muito bons. É uma grande oportunidade para todos, não só para os jogadores, como para treinadores. Trabalhar em equipa faz toda a diferença. É muito melhor que estar a trabalhar sozinho, num ginásio ou com um personal trainer.


Depois de terminar a carreira, de uma maneira ou de outra, acabaste por ficar ligado ao futebol. Foi sempre a tua ideia?
Ah, sim, sem dúvida. É o que faço desde os meus cinco anos [risos], são já 31 anos a viver do futebol, trabalhar e respirar futebol. Então, acho que faz todo o sentido esta continuidade. Neste momento acabei o segundo nível do curso de treinador e comento futebol no Porto Canal. É isso, futebol quase 24 horas por dia [risos].