Estágio do Jogador abre portas a jovens refugiados

Oito rapazes e uma rapariga, provenientes dos vários cantos do mundo, juntaram-se esta sexta-feira aos jogadores da 21.ª edição do Estágio do Jogador. Em comum, trouxeram todos a paixão pelo jogo e a saudade da bola no pé.

Com direito a guarda de honra à chegada, estes jovens refugiados, todos ao cuidado do Conselho Português para os Refugiados (CPR), puderam, por um dia, voltar a jogar futebol integrados num contexto coletivo. A equipa do Estágio abriu espaço a nove elementos e integraram-nos em todos os momentos da sessão de trabalho matinal – inclusive no treino de conjunto que marca o final dos trabalhos.

O Sindicato recebeu assim, pelo segundo ano consecutivo, um grupo de jovens do CPR no Campus do Jogador, reforçando a importância que o desporto, em particular o futebol, tem na integração e inclusão social. Durante uma manhã, várias nacionalidades, várias línguas, idades e etnias foram esquecidas, numa equipa mista cujo único objetivo era partilhar a paixão pelo futebol.

João Meira, um dos jogadores mais experientes presentes no Estágio do Jogador, mostrou-se feliz por ter participado na iniciativa, reforçando a importância do futebol na inclusão: “Fala-se tanto do futebol e dos seus aspetos negativos, mas está provado que duas pessoas que não falam a mesma língua podem dar-se tão bem dentro de campo e serem felizes”. Já sobre o grupo com o qual treinou, Meira considera que foi um momento importante e espera que “pelo menos durante uma hora tenham vivido momentos melhores do que aqueles pelos quais têm passado”.