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“Recomendaria a qualquer profissional a ajuda do Sindicato”

“Recomendaria a qualquer profissional a ajuda do Sindicato”

2021-06-18

Internacional moçambicano Chiquinho Conde participou no Estágio do Jogador em 2004.

Chiquinho Conde, um acarinhado do Vitória e da cidade de Setúbal, passou pelo Estágio do Jogador em 2004, antes de pôr um ponto final na carreira.

Apesar de ter participado ainda numa fase embrionária do projeto, que estava apenas na sua segunda edição, afirma que foi uma das melhores experiências que teve. Além de o recomendar a jogadores que estejam no desemprego ou a passar por um longo período de paragem, acredita que foi fundamental para si, no seu final de carreira.

Como foi a sua experiência no Estágio do Jogador?
Bem, já lá vão alguns anos… Mas, de qualquer forma, vamos lá. Foi ainda na fase embrionária desse projeto do Sindicato dos Jogadores para albergar atletas desempregados, para que estes possam manter a sua atividade. Como deve calcular, nesse período os jogadores precisam de estar ativos, para a qualquer altura serem contratados pelos clubes. Serve também de montra, para que esses clubes encontrem, através do Sindicato, jogadores de que possam precisar.


O que o fez participar, tendo em conta que depois optou por terminar a carreira?
Pois… [risos]. Eu participei, primeiro porque estava numa fase terminal da carreira, mas ainda não estava confortável para terminar. No entanto, para não estar em casa, a treinar sozinho, vi com bons olhos o Sindicato pela forma construtiva. Queria também estar num ambiente próprio para manter a minha atividade. Sem dúvida que este projeto do Sindicato é fantástico. Ajuda os jogadores que não estão no ativo, seja por lesão ou por término de contrato, a continuarem a trabalhar dentro de um conjunto de ideias e metodologias de treinadores. E, claro, continuarem a competir em jogos particulares.


Quais os maiores benefícios de participar no Estágio?
Eu recomendaria, sem hesitar, o Sindicato dos Jogadores e o Estágio, a todos os jovens que estejam a passar por uma fase mais complicada, sem clube. Primeiro, porque têm possibilidade de serem treinados ao mais alto nível, mantendo as suas capacidades intactas. Depois, estão numa montra, porque com o Sindicato têm possibilidade de fazer jogos particulares com outros clubes e isso faz com que sejam mais visíveis. Por fim, os contactos: através deles [Sindicato], do scouting dos respetivos clubes, do conhecimento mútuo e da procura do que os clubes precisam, dos treinadores do Sindicato e dos contactos que têm. O futebol é muito global.


Hoje, voltaria a repetir toda a experiência?
Sem sombra de dúvida. Não só repetiria, como estaria disponível para contribuir, agora como treinador, para que pudesse ajudar esses mesmos jogadores – até a não desmotivarem, porque é muito mais difícil quando estamos numa situação de desemprego. Estaria de todo disponível e recomendaria a qualquer profissional a ajuda do Sindicato.