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Melhorar nível de performance com o TAU

Melhorar nível de performance com o TAU

2019-07-18

Docente e investigador Sandro Freitas explica benefícios para os atletas desta parceria com o Sindicato.

Responsável pelo TAU, o docente e investigador Sandro Freitas, da Faculdade de Motricidade Humana, explica como funciona: “É um projeto criado para suportar o atleta e alavancá-lo para um nível seguinte. Atualmente sabemos que, para um atleta que queira atingir níveis elevados de performance, não chega apenas o treino técnico-tático dentro do campo – ele precisa de algo mais. E, no fundo, este projeto visa dar-lhe o suporte para o desenvolvimento atlético, garantindo que há uma redução das lesões que vai ter, portanto, trabalhamos na prevenção de lesões. Mas também trabalhamos na parte mental do atleta, no suporte e na orientação nutricional.

No caso concreto da parceria com o Sindicato, “garantimos que todos os atletas neste estágio são efetivamente avaliados, classificamos o seu estado de performance e dizemos o que precisam de melhorar para atingir o nível superior, sabendo o que fazem aqueles que competem num nível superior. Também damos orientações e intervimos nos aspetos do desenvolvimento atlético e na redução das lesões”.

Os serviços que vão ser colocados à disposição “têm uma componente de treino físico com acompanhamento no campo em que se faz a preparação atlética para a parte desportiva e também exercícios complementares que lhes permite salvaguardar a sua integridade física e garantir a prevenção de lesões”. Além disso, “são orientados quanto ao que devem fazer no futuro para alavancar o seu estado de performance”.

Sobre os benefícios que outros jogadores têm registado, Freitas afirma: “Num mês com a nossa intervenção, a melhoria de performance é na ordem dos 30 a 40% em termos de potência anaeróbia e ganhos ligeiramente mais baixos (15 a 20%) em competências de natureza aeróbia. Para os atletas que quiserem, podemos fazer uma abordagem mais individualizada em que conseguem alavancar a performance para níveis 20 a 30% superiores. E isso consegue-se normalmente numa intervenção até mês e meio de duração”.

No plano científico, o suporte do projeto está bem definido. “Também realizo trabalho científico na Faculdade de Motricidade Humana, onde sou docente e investigador, e os nossos parceiros, que estão no Brasil, fizeram um estudo muito interessante. Aí se demonstra que, quando o atleta tem um trabalho individualizado acompanhado, consegue potenciar as suas valências de performance de tal forma que, na época seguinte, num curto espaço de tempo, acaba por jogar mais tempo, faz mais assistências, produz mais golos, tem menos lesões e, muito importante, o seu valor de mercado tende a aumentar na ordem dos 200%. É uma investigação científica que está prestes a ser publicada e o nosso trabalho visa exatamente isso: potenciar o estado de performance para o atleta ter maior probabilidade de alcançar sucesso desportivo e consequentemente maior valor de mercado”.